Ciências Biológicas
Biologia Geral
Resumo
O consumo de embalagens de isopor, o poliestireno expandido (EPS), aumentou substancialmente desde o início da pandemia, principalmente devido ao crescimento das entregas em domicílio de produtos alimentícios. Essas embalagens podem permanecer no ambiente por centenas de anos, representando potencial poluidor quando não destinadas aos centros de reciclagem. Para mitigar os efeitos negativos provocados pelo EPS no ambiente, propomos a produção de um material expandido biodegradável, produzido a partir do mesocarpo do maracujá. Esta fruta, muito popular no Brasil, sobretudo na região nordeste, tem sua casca e suas sementes negligenciadas quanto ao potencial de utilização. Por isso, objetivou-se desenvolver um material biodegradável à base do mesocarpo do maracujá com potencial de substituição ao EPS na produção de embalagens descartáveis. O trabalho vem sendo desenvolvido por estudantes da ECIT Professor Luiz Gonzaga de Albuquerque Burity, localizada em João Pessoa – Paraíba. As cascas de maracujá foram obtidas com a própria comunidade escolar, passaram por higienização, secagem ao sol, corte em pedaços pequenos, trituração em liquidificador a partir da qual se produziu um farelo. Para expansão das fibras vegetais do mesocarpo do maracujá, foram realizadas experimentações de diferentes proporções entre o farelo proveniente da trituração do material, água e pectina cítrica. A pectina é um polissacarídeo natural presente em diversos vegetais e confere aglomeração à mistura. Após a realização das misturas, o material obtido foi acondicionado em recipiente de alumínio e mantido em ambiente seco e quente, promovendo uma secagem lenta. Resultados iniciais demonstram que é possível produzir um material biodegradável.
Palavras-chave: Embalagem, Maracujá, Biodegradável