Engenharia
de Materiais e Metalúrgica
Resumo
O gesso acartonado deve ser descartado em usinas de reciclagem de gesso, as quais ainda não existem no Brasil, por isso seu descarte contamina o solo e os lençóis freáticos, ou seja, em virtude das características desse material, sua solubilização promove a sulfurização do solo e por sua vez, a contaminação dos lençóis freáticos. Mesmo que depositado em aterros sanitários, a dissolução de seus componentes torna-o inflamável, além de tóxico. Se for incinerado pode produzir o dióxido de enxofre, um gás tóxico. Além disso, a disposição de resíduos de fundição em áreas não licenciadas polui o solo e a água. A presente pesquisa teve como objetivo desenvolver um material alternativo para o gesso acartonado, sendo sustentável e ao mesmo tempo mais resistente. Para testar a hipótese de que o substituto para o gesso acartonado criado seria mais resistente à umidade, e ao fogo; foram feitas duas placas com variações entre seus materiais e a sua quantidade. Para ambas as placas, o processo descrito a seguir foi idêntico: a palha de milho foi seca e triturada, a cola caseira feita, as areias de fundição foram adicionadas aos materiais já citados (uma para o experimento I, usando areia cold box e outra para o experimento II, com areia verde). Por fim, as misturas formadas foram postas em moldes. Testes de densidade aparente e de inchamento da espessura e de absorção de água foram feitos. Os resultados mostraram que as placas produzidas tiveram um inchaço de sua espessura maior. Em contrapartida, elas absorveram menos água do que o gesso acartonado também testado. A pesquisa atingiu seu objetivo, pois foi desenvolvido um material alternativo para o gesso acartonado. Mesmo que não tenha sido possível saber com precisão o quanto a placa produzida é resistente ao fogo, ela contém dióxido de silício, componente do gesso acartonado tipo RF. Além disso, sua resistência à água foi superior à do gesso acartonado testado.
Palavras-chave: Gesso acartonado, areia de fundição, palha de milho