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Projeto

HUM331 - Pobreza menstrual em Caxias do Sul (RS): qual o papel da escola diante desta problemática?

Ícone
HUM

Ciências Humanas

Sub-categoria

Sociologia

ícone Autoria Alice Guedes Reguly, Sabrina Colombo
ícone Orientação Mariana Scussel Zanatta
ícone Instituição IFRS - Campus Caxias do Sul

Resumo

Em 2017, o termo "pobreza menstrual" ganhou notoriedade pelo mundo a partir de uma movimentação criada pela adolescente britânica Amika George pedindo a distribuição gratuita de absorvente nas escolas. Apesar disso, 45% dos estudantes de ensino médio em Caxias do Sul, 2021, não sabem de que se trata a problemática. O que demonstra a seriedade do tema, já que esses jovens fazem parte da geração mais conectada a internet e ainda assim não têm conhecimento sobre o que é pobreza menstrual. Como definido pela doutora em antropologia social Mirian Goldenberg e ampliado pelo relatório "Pobreza Menstrual no Brasil: desigualdade e violações de direitos”, é um fenômeno complexo que configura a falta de acesso a itens básicos de higiene durante a menstruação devido a questões estruturais como a precariedade de saneamento básico; e questões sociais, como tabus, preconceitos e desinformação. Implica em sérios problemas de saúde física e mental; e pode prejudicar o aprendizado e levar à evasão escolar. Considerando esses fatores, a pesquisa objetivou fazer um levantamento de dados entre estudantes do ensino médio, em Caxias do Sul, de forma a trazer visibilidade à temática e conscientizar a população. Para tanto, foi realizado um estudo bibliográfico que também contribuiu para a elaboração do questionário destinado a estudantes do ensino médio de diversas escolas das redes privada, estadual e federal. Com perguntas relacionadas aos conhecimentos dos participantes sobre pobreza menstrual e as experiências menstruando no ambiente escolar, para aquelas que menstruam, e enviado em formato de formulário eletrônico. Foram recebidas 299 respostas, que permitiram a análise de dados, comprovando ou negando algumas hipóteses levantadas pelas pesquisadoras e expandindo a discussão, ao abrir espaço para novos questionamentos. A partir das respostas dos estudantes, foi possível pensar em novas estratégias para o combate da pobreza menstrual, principalmente, no ambiente escolar.

Palavras-chave: Pobreza Menstrual, Ambiente Escolar, Conscientização