Ciências Humanas
História
Resumo
A misoginia, nunca perdeu forças, pois, conforme Alambert (1986 apud BICALHO, 2001), as formas discriminatórias contra a mulher também se transformaram à medida que as sociedades humanas evoluíram, tornando-se mais refinadas, sofisticadas, mas, nem por isso, menos inadmissíveis do que na época da pedra lascada. Este estudo traz a familiarização com um mundo simbolicamente estruturado de misoginia através das divulgações feitas nas redes sociais, que pôde ser retratado através de 108 relatos e depoimentos trazidos de uma pesquisa de campo, que foi realizada através de um formulário com campos abertos e fechados e que nos trouxeram uma visão do coletivo, implícito e explícito. Segundo reflexão de Pierre Bourdieu (1995, p.143) a pesquisa não pretende dar conta da violência simbólica, que, segundo ele, é uma dimensão de toda dominação e que constitui o essencial da dominação masculina, sem intervir o habitus e a questão das condições sociais das quais ele é o produto e que são, em última análise, a condição oculta da eficácia real dessa ação aparentemente mágica. Mas como uma forma de compreender a socialização na Internet, envolvendo os comportamentos e a repetição indefinida das ações que o passado se perpetua. As redes sociais ampliaram significativamente a liberdade de expressão do pensamento, uma vez que, não há qualquer dificuldade, restrição ou custos de divulgação e é difícil mensurar as evidências dos casos, volume de usuários e publicações. Diante dessa evolução frenética, a lei nº 12.965/14, regula o uso da Internet no Brasil, com a previsão de princípios, garantias, direitos e deveres para quem usa a rede e ao Estado, e a lei 11.340/06, Maria da Penha, inclui o artigo 7º sobre a violência psicológica. Entretanto, os resultados colhidos trazem à tona que a violência contra as mulheres é recorrente também no espaço virtual, assim como na cidade de Santos - SP, além de gerarem insegurança e medo e situações desconfortáveis para a maior parte das entrevistadas.
Palavras-chave: Misoginia, Violência contra a mulher, Redes Sociais