Ciências Humanas
Educação
Resumo
O presente estudo teve como objetivo compreender a influência da vulnerabilidade social das crianças e adolescentes nos processos de adoção. Por meio do estudo de caso, realizado para observar a realidade de dois abrigos localizados na grande São Paulo, buscamos verificar em que medida essa “vulnerabilidade” está associada aos desafios do processo adotivo. Ademais, objetivamos - de forma específica - tornar visível a situação desses jovens marginalizados. Diante das análises bibliográficas e literárias, nos deparamos com a seguinte questão de pesquisa: Como as vulnerabilidades sociais das crianças e adolescentes influenciam no processo de adoção? E, a partir dessa última, inferimos a hipótese de que boa parte dos problemas aponta para uma grande negligência do governo em lidar com esses jovens, bem como a expressiva influência de preconceitos e vulnerabilidades sociais envolvidos no processo. Em adição, acreditamos que nossa pesquisa é de suma importância para a sociedade. Ao tratarmos sobre a realidade dessas crianças e adolescentes adotivos, estamos colhendo soluções e atenção para esse problema que desrespeito a todos nós, bem como pensando no futuro de nossa própria nação. Por fim, concluímos que a hipótese que fora inferida no começo desse estudo condiz com a situação analisada nos abrigos. Nesse viés, constata-se que, além da negligência e desatenção do Estado, presente na maioria dos processos adotivos, existe a massiva influência da vulnerabilidade social nas diversas fases da adoção. Assim, as vulnerabilidades se reproduzem e convergem limitando as potencialidades dos indivíduos como atores do desenvolvimento, tolhendo as possibilidades que deveriam ser-lhes garantidas como sujeitos de direito. Uma mudança nesse quadro social enfrenta uma série de dificuldades, já que os preconceitos e as vulnerabilidades – a qual esses jovens estão sujeitos - são fruto da própria sociedade e, portanto, implicam em uma mudança do próprio imaginário social.
Palavras-chave: ADOÇÃO, VULNERABILIDADE, CRIANÇAS E ADOLESCENTES