Ciências Humanas
Educação
Resumo
A baixa participação feminina é um problema comum no meio das olimpíadas de conhecimento da área de exatas. Dados divulgados pelo relatório da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) em 2019 indicam uma queda na porcentagem das participantes. Em 2010, elas eram 53,3% dos participantes, já na edição de 2018, apenas 48%. Destarte, o objetivo desse trabalho é analisar a elaboração, aplicação e os resultados das metodologias implementadas pelo projeto Sem Parar visando preparar e oferecer suporte para meninas participarem da OBA. Em 2020 iniciou-se um curso preparatório online voltado para meninas de todo o Brasil, cujas atividades compreendiam aulas, monitorias e a utilização de ferramentas interativas, além de atividades assíncronas. Outrossim, foi proposto também os Seminários de Astronomia e um evento de três dias, o AstroClub, como atividades extra. As aulas da turma de Astronomia ocorreram entre julho e novembro de 2020 e, nesse período, foram realizadas cerca de 13 aulas expositivas. Além disso, a partir da análise dos resultados, constatou-se que semanalmente havia entre 6 e 45 novas alunas, resultando em 202 inscrições provenientes de todo Brasil. Entre as alunas, 90 participaram da OBA em 2020, na qual foram obtidas 53 medalhas, proporcionando cerca de duas medalhas a cada três alunas do curso inscritas na olimpíada. Com base nesses resultados, nota-se que iniciativas como essas, além de serem uma forma de incentivo à ciência para meninas, também atuam como um instrumento de empoderamento feminino ao abordar questões relacionadas à confiança e ao desenvolver habilidades.
Palavras-chave: Olimpíadas Científicas, Representatividade Feminina, Meninas na Ciência