Ciências da Saúde
Saúde Coletiva
Resumo
A chegada da energia em comunidades do interior do Pará possibilitou que povos ribeirinhos, quilombolas, indígenas, que trazem na história de sua cultura a utilização da água superficial, tivessem a partir de então, acesso aos poços tubulares de água subterrânea, proporcionando a água encanada, para o abastecimento coletivo de suas comunidades. Apesar dos aspectos positivos da chegada da água na casa dos cidadãos, a utilização dos aquíferos subterrâneos se dão sem quaisquer planejamentos, logo, a água também é distribuída sem tratamento não havendo diminuição dos casos de doenças causadas por bactérias coliformes provenientes de condições sanitárias inadequadas atingindo negativamente a qualidade de vida da população local. Em 2013, o projeto “Carvão do caroço de açaí (Euterpe oleracea) ativado quimicamente com hidróxido de sódio (NAOH) realizada por Edvan Nascimento Pereira, aluno do ensino médio, orientado pelo Clube de Ciências de Moju mostrou teve como objetivo produzir carvão ativado com o caroço de açaí para ser utilizado em velas de filtro simples ajudando no processo de tratamento da água para consumo, no qual foi comprovado sua eficácia na comparação, dos parâmetros encontrados em análise, com os parâmetros de potabilidade, exigidos pela OMS. Baseado neste estudo pretende-se dar continuidade a proposta e testar substâncias ativadoras no carvão como o carbonato de cálcio (CaCO3-cal) para construir um novo protótipo de filtro com menor custo e com maior atendimento às comunidades e implementar o referido protótipo para tratamento de água em comunidades ribeirinhas de Moju. Os aparatos a serem desenvolvidos abrangem além das comunidades, participantes do clube de Ciências de Moju - PA, com bolsa de iniciação científica. Desta forma, a matéria prima específica, é advinda do consumo de um dos alimentos mais importantes na segurança alimentar da população mojuense.
Palavras-chave: Biofiltro, Carvão, Água