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Resumo

Dentre as principais hortaliças cultivadas e consumidas no Brasil, vê-se presente o Capsicum annuum, conhecido popularmente como pimentão. Somente no Brasil, são produzidas anualmente 290 mil toneladas, sendo 74,4% da mão de obra rural composta pela agricultura familiar. Os estudos alelopáticos são realizados analisando os efeitos dos compostos químicos de uma planta sobre a outra e observando seus efeitos, sejam eles benéficos ou inibitórios. Assim, o presente projeto teve como objetivo investigar os efeitos alelopáticos dos extratos aquosos de Mentha piperita (hortelã) e Ocimum basilicum (manjericão), a fim de avaliar o efeito estimulatório dos seus princípios ativos na germinação e desenvolvimento de plântulas de Capsicum annuum. O experimento foi realizado na escola SESI Anísio Teixeira, em delineamento inteiramente casualizado. Os ensaios foram realizados com extratos de diferentes concentrações, sendo estes de 25%, 50%, 75%, 100% e a testemunha, com quatro repetições para cada uma das concentrações. O desenvolvimento foi analisado durante 14 dias após a semeadura e, ao fim, foram notadas as seguintes variáveis: comprimento da radícula (mm); comprimento da parte aérea (mm); porcentagem de germinação; número de folhas por plântula. Os extratos de Mentha piperita apresentaram efeito estimulatório ao comprimento radicular e aéreo na concentração de 50%, enquanto o extrato de Ocimum basilicum estimulou o crescimento apenas da parte aérea, nas concentrações iguais e superiores a 50%. O número de folhas revelou constância no desenvolvimento das plântulas submetidas ao extrato de Mentha piperita e inconstância nas submetidas ao extrato de Ocimum basilicum nas concentrações superiores a 50%. A concentração de 50% se mostrou ideal em ambos os casos, trazendo efeitos alelopáticos benéficos e provando a hipótese do projeto.

Palavras-chave: Hortelã, Manjericão, Pimentão