Ciências Biológicas
Microbiologia
Resumo
A crescente disseminação da resistência aos antimicrobianos, por parte dos microrganismos multirresistentes, vêm cada vez mais tomando proporções globais. Juntamente com um número limitado de antimicrobianos efetivos e escassos recursos para o desenvolvimento de novas moléculas antimicrobianas, temos hoje um grande desafio em mãos. Entre os antimicrobianos mais promissores em estudo, a Fluopsina C se destaca como um novo composto no combate à resistência bacteriana. Para viabilizar seu uso clínico, esse trabalho objetivou o desenvolvimento de lipossomas de Fluopsina C com fins na redução da toxicidade em relação ao composto livre. Esse composto, foi produzido a partir do metabolismo secundário de Pseudomonas aeruginosa cepa LV e purificada utilizando diversos métodos cromatográficos. O encapsulamento lipossomal foi obtido via extrusão contando com a formulação de fosfatidilcolina de soja, colesterol e polietilenoglicol associado à diestearoil fosfatidiletanolamina em diferentes proporções em duas formulações. Essas formulações foram avaliadas quanto a citotoxicidade por células LLC-MK2 pelo método de redução de MTT e atividade antimicrobiana contra Klebsiella pneumoniae ATCC 10031. Os resultados mostraram que a formulação DSPE-PEG DMSO+F apresentou atividade antimicrobiana semelhante ao composto livre frente K. pneumoniae ATCC 10031, obtendo a concentração inibitória e bactericida mínima de 1,66µg/mL. Para esta formulação também foi observada a redução da citotoxicidade vista pela concentração citotóxica de 50% em 54% nos testes in vitro quando comparada com o composto livre. Dessa forma, esta formulação de Fluopsina C lipossomal é uma ótima candidata para a viabilização do uso deste novo composto antimicrobiano, Fluopsina C, para o controle de infecções causadas por cepas bacterianas patogênicas.
Palavras-chave: Antimicrobianos, Klebsiella pneumoniae, Encapsulação