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Resumo

Alterações do padrão de distribuição e concentração de metais participam da carcinogênese e podem alterar o funcionamento de moléculas, que, em consequência, leva ao descontrole do ciclo celular, resistência à morte celular e malignidade. O trabalho anterior de nosso grupo demonstrou em modelo in vivo e in vitro a alteração do elemento manganês durante a progressão tumoral. Demonstramos que a breve exposição a uma concentração elevada, porém não tóxica, de manganês estimula um comportamento mais invasivo de células tumorais de diferentes origens. O transporte de metais é realizado por diferentes moléculas, sendo o DMT1 um transportador central capaz de internalizar manganês e outros metais, o que o torna um interessante alvo a ser investigado no contexto do desequilíbrio metalômico observado no câncer. Para análise da expressão deste transportador, deu-se início ao cultivo da linhagem tumoral LLC (carcinoma pulmonar murino), e em seguida, as células foram cultivadas em meio de cultura suplementado com 5 µM de cloreto de manganês por 24 h. Assim, foram realizadas as extrações de mRNA das condições de controle e alto Mn para quantificação da expressão do transportador DMT1 por PCR em tempo real. Foi observado que este transportador apresentou um aumento de 1,19X ± 0, 15 em relação ao controle, ou seja, aproximadamente um aumento de 20% em sua expressão gênica. Ademais, ensaios de fluorescência de raio X nesta linhagem celular foram capazes de evidenciar o desequilíbrio metalômico após exposição ao Mn, apresentando alterações significativas em Mn, Fe e Cu, bem como a evidência de que a LLC, quando estimulada por Mn, internalizam diversos metais divalentes, porém somente o Mn é secretado através de exossomos. Por fim, esperamos que este projeto traga à tona um novo e relevante aspecto da progressão tumoral, indicando novas direções para a área e colocando em discussão novos alvos terapêuticos.

Palavras-chave: Câncer, Transportador de Metais Divalentes 1, Desequilíbrio metalômico