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Resumo

Hodiernamente, microplásticos são encontrados com facilidade em todo e qualquer lugar, principalmente na água. Outrossim, o descarte incorreto desses microplásticos causa grandes malefícios à saúde humana, devido à presença de substâncias nocivas, que, porventura, grudam neles em ambientes aquáticos. Quando acumulados no trato gastrointestinal humano, esses materiais têm a possibilidade de interferir na resposta imunológica do intestino, tendo também o risco proporcional pela absorção de produtos químicos tóxicos e patógenos pelo nosso corpo, podendo afetar até fetos no útero. Decorrente de tal problemática, a presente pesquisa teve como objetivo a produção de uma membrana de microfiltração para reter esses microplásticos, a fim de testar a retenção e a viabilidade filtrante. Utilizou-se a argila montmorilonita chocolate B e agentes porogênicos, oriundos do Estado da Paraíba. Foram utilizados dois tipos de amidos: o comercial e o extraído da batata-doce. Assim, realizou-se o processo de fabricação das membranas, sendo feitas mais de uma formulação, com o intuito de aperfeiçoá-las ao máximo. Após a sua fabricação, as membranas passaram por testes, a fim de avaliar sua resistência, utilidade, seletividade e permeabilidade e observar como elas lidam quando colocadas em um protótipo com a presença do fluxo sintético, ou seja, que contém microplásticos. Após a passagem dos fluxos pela membrana e observações microscópicas, constatou-se que as membranas apresentaram alta resistência à água em diferentes temperaturas e, assim, elas validaram a ação de reter esses micropoluentes. Desse modo, as próximas etapas consistem em utilizar o método Freire de análise por FTIR e validar o protótipo em escala de bancada para levá-lo às estações de tratamento. Baseando-se na ODS 6, a membrana deste projeto irá viabilizar água potável e saneamento para promover o bem-estar para todas as pessoas, em todas as idades.

Palavras-chave: Argila, Filtração, Microplásticos