Engenharia
de Materiais e Metalúrgica
Resumo
Impulsionada pelo recente “design” de novos biomateriais e estruturas biologicamente compatíveis, esta pesquisa oferece uma nova perspectiva de estudo à medida que combina biopolímeros derivados da casca de uma maçã com cultivos de microalgas para moldar estruturas tridimensionais que interagem com o ambiente ao capturar dióxido de carbono e exalar oxigênio na atmosfera – melhorando a qualidade do ar de ambientes urbanos. Objetiva-se desenvolver um material bioplástico não agressivo ao ambiente cuja interação como meio de cultura seria capaz de imobilizar os microrganismos alvo. A pesquisa desenvolveu 31 formulações para materiais bioplásticos que agem como bases estruturais ou desempenham a característica de interesse, além de variar sua transparência, cor, espessura, rigidez, resistência e flexibilidade. Dentre os estudos realizados com pectina, extraída das cascas de maçãs, a substância apresentou uma biocompatibilidade positiva para o desenvolvimento de cultivos microalgais, cuja configuração e resultados obtidos não foram previstos pela atual bibliografia. Constatou-se que a estabilização de um composto a curto prazo é viável, do qual a pesquisa determinou as concentrações de substâncias para tal atribuição. Dessa forma, neste experimento único, no qual seres humanos e microalgas coabitam em um mesmo espaço, tal panorama de constituição de um material bioplástico que exala oxigênio direciona para um futuro no qual as cidades se tornem uma interface entre o ambiente construído e o ambiente cultivado, uma vez que, nesse cenário, uma simples macieira é o equivalente a uma obra-prima da engenharia através da cooperação entre espécies distintas.
Palavras-chave: Biopolímeros, Microalgas , Pectina