Engenharia
Sanitária
Resumo
A utilização de corantes em diversos ramos industriais, gerando efluentes que contaminam corpos d'água, é um importante problema ambiental a ser resolvido, devido à dificuldade de remoção da cor das águas residuárias, pois os corantes, em geral, são estáveis e de difícil degradação. Nesse contexto, o presente trabalho tem como objetivo analisar a eficiência da degradação do corante Alaranjado II por processos Fenton e eletro-Fenton, além de testar o mais efetivo na degradação dos corantes de um efluente do ramo têxtil. No Fenton, foram testadas as concentrações 5 e 15 mg/L de Fe2+ e 100 e 150 mg/L de H2O2. No eletro-Fenton, foram analisadas as correntes de 1,0 mA, 1,5 mA e 2,0 mA, e foi adicionado o peróxido de hidrogênio na concentração de 150 mg/L. Os dois processos oxidativos foram mantidos por 90 minutos e pH 3, e os resultados foram analisados através de espectrometria UV-visível. No Fenton, foi notada uma degradação de 99,78% do Alaranjado II em um dos ensaios, enquanto no eletro-Fenton, a maior degradação foi de 97,45%. Continuou-se com o Fenton para o efluente real devido ao seu ótimo resultado e por ser mais simples que o eletro-Fenton. Antes de aplicá-lo diretamente ao efluente real, o processo foi testado individualmente em soluções dos três corantes presentes, sendo eles Yellow, Vermelho e Navy Blue, que resultaram em percentuais de degradação de 98,78%, 99,86% e 100% respectivamente. Então, foi feito o Fenton com o efluente real, e obteve-se uma remoção de cor de 90%. Portanto, é possível dizer que o processo foi muito eficiente na degradação do Alaranjado II, como também dos corantes presentes no efluente, e, por isso, é uma alternativa viável e versátil para ser utilizada no tratamento de efluentes corados.
Palavras-chave: Corantes, Fenton, Eletro-Fenton