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Resumo

O propósito deste trabalho é produzir corantes de origem natural com potencial de substituição aos corantes artificiais. Especificamente, busca-se: (i) testar o efeito de pigmentação de corantes produzidos a partir de vegetais; (ii) avaliar os métodos de extração empregados na obtenção de pigmentos naturais; e (iii) elencar as vantagens e desvantagens do uso de corantes (naturais e artificiais) na rotina alimentar. Corantes são substâncias adicionadas ao alimento que conferem, intensificam ou restauram a sua cor, e que podem ser obtidas de forma natural ou artificial. A pesquisa justifica-se pela necessidade de atentar aos malefícios dos corantes artificiais, tendo em vista suas propriedades toxicológicas prejudiciais à saúde humana, sendo um dos seus efeitos nocivos mais evidentes as diferentes reações alérgicas. Por outro lado, o consumo de corantes naturais demonstra impactos benéficos, como efeitos antioxidantes, anti-inflamatórios e anticarcinogênicos. Para atingir os objetivos propostos, seguem-se estas etapas: a) levantamento bibliográfico sobre métodos de extração de corantes e possíveis matérias-primas; b) seleção de vegetais e métodos de extração para a obtenção de pigmentos; c) realização de extrações por cocção, liquidificação e via Soxhlet em meios alcoólico e ácido utilizando beterraba, cenoura e espinafre; d) testes de pigmentação em gelatina incolor hidratada; e) análise de cores no sistema RGB. A partir da análise visual dos testes comparativos em gelatina incolor, é possível afirmar que os extratos de beterraba obtidos com ambos os solventes e pelos métodos de extração selecionados conferiram uma maior intensidade na pigmentação nos ensaios realizados em comparação aos demais extratos vegetais. Dessa forma, ressalta-se que a aplicação de matérias-primas vegetais para a obtenção de pigmentos naturais apresenta-se como uma alternativa viável para a substituição de corantes artificiais na alimentação humana.

Palavras-chave: Química dos alimentos, corantes, extração