Logo FEBRACE

Resumo

A indústria têxtil é um setor da economia com grande potencial de geração de emprego e renda, porém sua atividade causa elevado impacto ambiental, principalmente devido ao alto consumo de água, sendo consumido 16 a 20 litros deste recurso para o tingimento de uma camiseta comum de 200 gramas. Os efluentes gerados nesta atividade são concentrados em compostos de difícil degradação, apresentando uma DQO média de 5000 mg/L. Embora o tratamento biológico, tecnologia mais aplicada, tenha uma eficiência de cerca 80% para a remoção de corantes, tecnologias sustentáveis de pós-tratamento deste efluente para fins de reúso devem ser desenvolvidas, uma vez que a escassez de recursos hídricos nos grandes polos industriais tem comprometido a perenidade desta atividade. Por outro lado, os grandes avanços tecnológicos têm demandado o aumento do consumo de pilhas e baterias, as quais tem-se apresentado um grande problema ambiental e de saúde pública, em função do carácter tóxico dos seus componentes. Este resíduo, classificado como perigoso, não tem estratégia de reciclagem consolidada para o reaproveitamento de todos seus componentes, tornando inviável economicamente a logística reversa deste resíduo, aumentando a probabilidade de dispersão dos seus componentes tóxicos no meio ambiente. Neste contexto, o presente trabalho tem por objetivo desenvolver uma tecnologia de pós-tratamento de efluente têxtil por adsorção utilizando o grafite presente em resíduos de pilhas e baterias. Os resultados indicaram que o grafite apresentou capacidade de adsorção máxima de 3 mg/g quando tratado com solução de ácido clorídrico, podendo ser aplicado no tratamento de efluente com tempo de detenção hidráulica máximo de 3h.

Palavras-chave: Reuso de efluente, Adsorção, Azul de metileno