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Resumo

O primeiro bimestre do ano de 2022 foi marcado por tragédias associadas, direta ou indiretamente, às fortes chuvas. Infelizmente, a notícia de perdas materiais e, principalmente, humanas devido ao fenômeno citado não é algo inédito na história recente do Brasil. Em uma pesquisa publicada em 2012, Rosa Filho revela que entre março de 1928 e janeiro de 2005, pelo menos, 3.522 pessoas morreram em deslizamentos de terra no país. É possível afirmar que esses números já se encontram desatualizados e, provavelmente, continuarão a crescer. Assim sendo, se reconhece que, a probabilidade de que futuras enchentes e/ou deslizamentos de terra continuem afetando a vida de pessoas, ainda é muito alta. Diante do exposto, torna-se fundamental o desenvolvimento de meios ou de recursos que evitem essa continuidade de perdas materiais e humanas devido às enchentes e aos deslizamentos de terra. Soluções tecnológicas podem ser utilizadas para evitar a perda de vidas. Ainda que não seja uma solução definitiva, mas o desenvolvimento de recursos tecnológicos que detectem a ocorrência dos deslizamentos de terra, pode ser uma forma útil (embora paliativa) de evitar que perdas materiais e humanas ocorram. Nesse sentido, o desenvolvimento de um protótipo para detecção de deslizamento de terra será a alternativa tecnológica que buscar-se-á como tentativa de alertar, aos moradores de encostas de morros ou à defesa civil, a ocorrência de um risco à vida deles. A proposta concentra-se na elaboração de um protótipo que possa ser inserido no subsolo, detecta o movimento sutil de massa que antecede o transporte de massa em si (deslizamento) e sinalize, por comunicação direta (meios elétricos) ou indireta (meios eletrônicos e/ou digitais), a provável ocorrência do fenômeno. Espera-se que este recurso permita a moradores e à defesa civil terem minutos ou até mesmo horas para evacuarem uma determinada localidade antes do deslizamento de terra ocorrer.

Palavras-chave: Deslizamento de Terra, Geologia, Protótipo