Ciências Humanas
História
Resumo
Historicamente, o gênero feminino foi excluído da participação ativa na sociedade, além disso, as mulheres não tinham direito de exercer a própria liberdade, sendo inferiorizadas e oprimidas em relação aos homens. A exclusão feminina é uma herança histórica negativa que influenciou o desenvolvimento pessoal e acadêmico feminino durante décadas. Por outro lado, surgiram movimentos de cunho feminista e desenvolvimento de leis que incluíram e introduziram direitos a mulheres, como o direito a frequentar escolas, trabalhar, ter acesso a métodos contraceptivos e participação política. Com a concessão à participação feminina em escolas e universidades, durante o século XX, ocorreu considerável aumento no número de mulheres ativas inseridas no meio científico, ocupando espaços antes inteiramente masculinos. Ainda hoje, existem barreiras invisíveis – denominadas “Teto de Vidro” –, que limitam o avanço da mulher em carreiras com maior nível hierárquico e prestígio, comprometendo, assim, a participação feminina nas áreas das ciências e tecnologia em decorrência do patriarcalismo estruturado na sociedade. O presente trabalho teve por finalidade analisar as dificuldades enfrentadas na carreira feminina no meio científico, tendo em vista o fator cultural, filosófico e histórico como predominante no processo de desenvolvimento feminino frente à ciência e tecnologia. Para isso, foi realizada extensa pesquisa bibliográfica, além de entrevistas com duas cientistas brasileiras nas áreas de física e química, a fim de conhecer parte de suas jornadas como mulheres na ciência. A padronização das questões possibilitou a comparação e contraste das informações obtidas e análise das entrevistas, buscando pontos de encontro nas trajetórias narradas. A pertinência deste estudo reside na popularização do papel da mulher no cenário científico atual brasileiro.
Palavras-chave: Mulheres, Educação, Ciência