Ciências Humanas
Educação
Resumo
Este trabalho busca analisar o potencial da tarefa labirinto como ferramenta pedagógica para aumentar a familiaridade dos alunos de nível médio/técnico com estruturas linguísticas de baixa frequência. Realizamos quatro sessões de treinamento com a tarefa labirinto, nas quais os participantes tiveram repetidas exposições a sentenças com pronome clítico em ênclise (ex: Artur fez a sopa e serviu-a quente) e investigamos se essa estrutura passou a ser mais utilizada posteriormente. Para isso, conduzimos um teste cloze e analisamos as escolhas pronominais antes e após o treinamento. Comparamos o comportamento de 13 participantes que fizeram o treinamento com 10 que não o fizeram em um desenho pré-teste/pós-teste. Apesar de a próclise se manter a estrutura mais utilizada em todos os grupos, uma análise inferencial com o teste Chi-quadrado indicou a significância do maior uso dos pronomes clíticos em ênclise pelo grupo que realizou o treinamento linguístico com a tarefa labirinto (χ2 = 171.52, df = 1, p<0.001). Portanto, nossos resultados revelam que a tarefa labirinto gerou um efeito no teste cloze, sugerindo que a alta exposição a uma estrutura de baixa frequência nesse tipo de tarefa pode resultar no aumento do seu uso.
Palavras-chave: Tarefa Labirinto, Pronome Clítico, Teste Cloze