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Projeto

HUM-2481: Ativismo político pentecostal nas eleições presidenciais de 2022

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HUM

Ciências Humanas

Sub-categoria

Sociologia

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ícone Autoria Bianca Elizabeth Suthoff Lunkes
ícone Orientação Janine Bendorovicz Trevisan
ícone Instituição IFRS - Campus Bento Gonçalves
ícone Etapa Finalista

Resumo

O crescente ativismo político dos evangélicos pentecostais vem sendo demonstrado em diversos estudos acadêmicos e é muitas vezes justificado como uma missão divina de representação dos fiéis. As reivindicações desse grupo mobilizam os candidatos presidenciáveis, na medida em que o voto evangélico tem se mostrado relevante nas urnas desde a redemocratização do Brasil. Vários estudos mostram que todos os presidentes eleitos desde 1989 contaram com o apoio da maioria dos evangélicos e de lideranças religiosas. Essa pesquisa aprofunda a compreensão da relação entre religião e política no cenário democrático nacional, em especial a articulação entre lideranças de grupos pentecostais e os candidatos à presidência. A metodologia inclui uma ampla revisão bibliográfica, análises de pesquisas eleitorais, debates, declarações públicas e alianças realizadas entre lideranças evangélicas e os candidatos à presidência. Resultados preliminares sugerem a preferência desse grupo por Jair Bolsonaro por conta da pauta moral defendida por ele e pelas alianças feitas com o pastor Silas Malafaia e o bispo Edir Macedo, ambos líderes das maiores igrejas evangélicas do país, possuindo grande número de fiéis, os quais são deveras influenciados pelos seus discursos. Pelo fato de Lula ter uma baixa popularidade entre esse grupo, o candidato promoveu inúmeros materiais de campanha voltados aos evangélicos, como um panfleto específico para tais fiéis e uma carta compromisso com os evangélicos. Apesar disso, o candidato petista não apresenta êxito, porém, ainda assim, consegue se eleger. Dessa maneira, Lula se torna o primeiro presidente eleito desde a redemocratização do Brasil a chegar ao poder sem o apoio da maioria dos evangélicos e de lideranças religiosas. Dessa forma, a realização desta pesquisa pode vir a contribuir com reflexões acerca dos resultados do pleito de 2022 e com debates sobre a influência que essa esfera de poder cristã ainda tem sobre a sociedade brasileira.

Palavras-chave: Eleições de 2022, Religião e Política, Laicidade

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