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Resumo

Dispondo da Convenção Relativa ao Estatuto dos Refugiados de 1951, o termo “refugiado” se dá àqueles que, devido a fundados temores de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas, encontre-se fora de seu país de origem. São conhecidas as diversas dificuldades que essas populações enfrentam ao se retirarem de seus países de origem rumo a um lugar desconhecido, sob risco de vida. Um dos principais obstáculos, segundo uma pesquisa elaborada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), é aprender o idioma e, portanto, comunicar-se. A principal dificuldade, de acordo com o relatório “Vozes das pessoas refugiadas no Brasil”, elaborado pela ACNUR em 2020, é a geração de renda. Entendemos, portanto, que ambas as dificuldades estão interligadas e que facilitar o ensino da língua portuguesa aos refugiados facilita, também, maiores oportunidades de trabalho. Nesse mesmo sentido, o projeto procurou entender as dificuldades enfrentadas pelos imigrantes em idade escolar. Para isso, estabelecemos rodas de conversa com alunos de uma escola particular de São José dos Campos a fim de entender o quanto a dificuldade com o idioma afeta o desempenho escolar. Procuramos, então, elaborar um projeto que estabelecesse um olhar aos refugiados e imigrantes adolescentes acolhidos pelo Brasil que consistia, principalmente, em facilitar o acesso à língua e, assim, aumentar as oportunidades do presente e do futuro. Assim, idealizamos aulas de português direcionadas a esses grupos e ministradas em inglês e espanhol que serão conduzidas por voluntários de maneira lúdica e com um cronograma pré-estabelecido. Portanto, após densa pesquisa buscando entender a realidade dos refugiados e dos imigrantes adolescentes no Brasil, concluímos que há a necessidade de articular governo e sociedade na busca de políticas de integração a fim de diminuir a desigualdade social do grupo focal em relação ao restante dos brasileiros.

Palavras-chave: Educação, Refugiados, Imigrantes