Ciências Humanas
Educação
Resumo
Nos últimos anos, o Brasil e o mundo discutem, avidamente, mudanças na matriz energética com o objetivo de transitar para uma produção de energia elétrica que tenha como base as fontes renováveis. O estabelecimento de acordos (Acordo de Paris, 2015) e planos (Agenda 2030 da ONU) mundiais contribuíram para o impulsionamento dos países no combate à crise ambiental. O colapso iminente torna visível, também, as contradições do modelo produtivo capitalista. Caso o modo de produção, distribuição e consumo de energia permaneça nos parâmetros atuais, tal situação tende a se agudizar ano a ano. Como uma das alternativas necessárias, surge o que se denomina de Transição Energética (TE), processo que instaura uma mudança de panorama e modificação no modelo de produção energética, recorrendo a meios mais responsáveis e ambientalmente comprometidos para a geração e consumo de energia elétrica. Sabendo que os espaços periféricos são os mais afetados pelo déficit da produção atual de energia, o processo de TE tem como desafio ser justo e democrático e inserir as periferias do Brasil, buscando promover uma soberania energética. O curso pretende realizar a conexão da TE, a partir dos conceitos de tecnologia social e engenharia engajada, nos territórios periféricos e, em específico, na Cabana do Pai Tomás, visando discutir sua importância e os meios para implementá-la na comunidade. A escolha da comunidade se deve à articulação do presente curso ao Programa SoFiA. O foco prático é a construção de Aquecedores Solares de Baixo Custo (ASBCs), tecnologia social que, por não emitir carbono, pode ser acessível às famílias de baixa renda e auxiliar no processo de redução da dependência de energia elétrica, questionando-se, também, as formas contraditórias e desiguais de distribuição de energia.
Palavras-chave: Aquecedores Solares de Baixo Custo, Soberania Energética, Tecnologia Social