Ciências Humanas
Educação
Resumo
O número de mulheres negras no ambiente acadêmico é muito pequeno, todavia elas existem e re-existem na forma de ocupar seus espaços e fazer ciência. Este trabalho nasceu da integração entre um grupo de pesquisas que investiga as trajetórias de pesquisadoras negras do estado do Rio de Janeiro e um projeto de extensão sediado no CEFET-RJ, que gerou a oportunidade de levar essa discussão para diferentes segmentos da população, através de um grupo formado exclusivamente por mulheres negras. Nossa discussão se baseia no conceito de interseccionalidade para capturar as dinâmicas entre dois ou mais eixos de subordinação. Agindo na interseção dos grupos mais oprimidos na sociedade brasileira – as mulheres e os negros – e com o olhar direcionado à sua inclusão do campo científico, nosso trabalho se desdobra em uma série de objetivos, dentre os quais estão discutir a baixa representação de mulheres negras como cientistas profissionais, bem como formar estudantes de ensino médio e graduação para atuar na divulgação científica e na abordagem de temáticas étnico-raciais e de gênero, incentivando, assim, a iniciação de meninas e mulheres negras na ciência.
Palavras-chave: Mulheres na Ciência , Relações Étnico-Raciais, Interseccionalidade