Ciências da Saúde
Saúde Coletiva
Resumo
A quantidade de automóveis em circulação nas estradas do Brasil aumenta exponencialmente de forma constante, o que faz com que a poluição atmosférica também aumente gradualmente, ao ponto que cerca de uma parte expressiva dos gases poluentes produzidos hoje são decorrentes das emissões dos veículos. Diante dessa problemática, sabendo os danos à saúde causados pela exposição constante a níveis elevados de gases veiculares e tendo em mente que os vendedores ambulantes de trânsito estão entre os mais expostos a isso, o presente trabalho tem o objetivo de apresentar uma alternativa de baixo custo para a confecção de uma proteção contra tais gases, através da utilização da casca do fruto da paina (Ceiba pentandra) para a produção de carvão ativado, a ser utilizado nas máscaras protetoras. Para atingir os objetivos, partindo da metodologia característica do método hipotético-dedutivo, foram feitas observações e levantadas hipóteses tanto a respeito da problemática vivenciada pelos vendedores ambulantes de vias de trânsito, quanto sobre a possibilidade da utilização da casca do fruto da paina como material base do carvão ativado. Essas ideias foram testadas na fase do trabalho de campo, no qual foram feitas aferições dos níveis de CO2 e foram produzidos, a partir do elemento vegetal trabalhado, o carvão ativado e filtro para máscara. Os resultados obtidos revelaram que os níveis de exposição ao CO2 ultrapassaram os níveis de segurança para a saúde, ao passo que os resultados da produção do carvão ativado a partir da casca da paina e o protótipo do filtro de gases veiculares, que está em sua fase de testes, são positivos. Revelando que a utilização das máscaras filtrantes à base da fibra da paina mostra-se uma opção consistente de fácil acesso e baixo custo que acarretará em um imenso ganho na qualidade de vida dos vendedores ambulantes de trânsito.
Palavras-chave: Paina, Ambulantes, CO2