Logo FEBRACE

Resumo

Mercados são os principais locais destinados à compra de bens essenciais. Por isso, é importante que sejam acessíveis para todos, incluindo deficientes visuais. Este trabalho busca um modo de facilitar o uso desses ambientes por essas pessoas, tornando-as mais independentes. Visando entender melhor como os deficientes visuais eram atendidos nos mercados, foram realizadas entrevistas com gerentes desses locais e com deficientes visuais no Instituto Paranaense de Cagos. Também foi realizado um experimento em um mercado em que, com uma pessoa vendada, eram simuladas as hipóteses formuladas. As entrevistas mostraram que é necessário para uma pessoa cega realizar as compras sempre acompanhada. Com os experimentos, foram formuladas algumas ideias e mudanças, como a criação de um aplicativo de celular que seria usado pelo deficiente no local. Nele, seria mostrada a lista de produtos disponíveis no lugar. O usuário poderia pesquisar por itens específicos e ver detalhes sobre eles, como preços e localização. Como nem todos possuem celulares, cada mercado disponibilizaria alguns dispositivos na entrada para uso dos clientes, e poderia oferecer aulas de como usá-los. Sozinho, contudo, o aplicativo não seria capaz de ajudar as pessoas de forma prática. Por isso, certas mudanças na organização dos mercados seriam aplicadas também. A primeira seria a adição de pisos táteis nos corredores, de modo que os deficientes visuais consigam se localizar sem colidir com nada. Além disso, os diversos corredores seriam numerados ou nomeados com base em sua distância da entrada. As prateleiras dos corredores seriam divididas em seções separadas por divisórias plásticas. A localização de bens pelo aplicativo seria feita com base nesses corredores, seções e altura na prateleira. Com a aplicação das alterações na estrutura e a utilização do app, além de prática, pessoas cegas ou com baixa visão poderiam fazer suas compras sem a ajuda de não deficientes.

Palavras-chave: Mercados, Acessibilidade, Deficiência Visual