Ciências Agrárias
Recursos Florestais e Engenharia Florestal
Resumo
O efeito estufa provoca uma série de problemas ambientais, incluindo o aumento das temperaturas globais, mudanças climáticas extremas, elevação do nível do mar, derretimento de geleiras, acidificação dos oceanos e perda de biodiversidade. Nesse cenário, a biotecnologia ambiental aplicada às Arecáceas, particularmente às palmeiras, surge como uma solução inovadora e sustentável para o sequestro de carbono. Este estudo visa investigar as aplicações de biofertilizantes em Arecáceas, utilizando a biotecnologia para melhorar a capacidade dessas plantas de capturar carbono. As metodologias adotadas incluem: revisão de literatura; extração e análise de genes específicos de espécies de arecáceas; avaliação das espécies com maior eficiência no sequestro de carbono; monitoramento do impacto de fertilizantes biológicos nas palmeiras; estudo das interações entre biotecnologia e o ambiente; e acompanhamento do melhoramento genético de palmeiras jovens através do programa EMGPALM. Nos resultados, a média de clorofila por espécie foi de 2,09mg/ml ± 0,41, a biomassa média por tonelada anual foi de 5,02 ± 0,32, e o carbono médio foi de 2,26 ± 0,29. A biomassa em peso fresco por palmeira foi de 4,23kg/m², enquanto o peso seco foi de 2,58kg/m². Após a aplicação de biofertilizantes em seis espécies de palmeiras, o crescimento anual variou entre 40cm e 90cm, com número de folhas entre 9 e 12. A biomassa média foi de 7,51 ± 0,37 t/ha, e o sequestro de carbono foi de 4,54 ± 0,4t/ha. No grupo controle, sem biofertilizantes, o crescimento variou entre 17cm e 40cm, com número de folhas entre 7 e 9, biomassa de 1,52 ± 0,02t/ha e sequestro de carbono de 0,56 ± 0,1t/ha. Assim, a biotecnologia ambiental demonstra-se como uma alternativa promissora e inovadora para potencializar o papel das arecáceas no combate às mudanças climáticas através do sequestro de carbono.
Palavras-chave: Fotossíntese Melhorada, Fixação de Carbono, Crédito de carbono