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Resumo

O ensino de ciências tem colocado estudantes e professores diante de questões cada vez mais diversificadas. Assim, a educação nunca se esgota, mas, busca num novo paradigma, caminhos de transformações. O modelo tradicional de ensino apresenta um forte enfoque tecnicista, baseado em aulas expositivas, numa escola que frequentemente ensina e avalia a todos de forma igual e exige resultados previsíveis. Nesse aspecto, compreender os mecanismos neurocientíficos do processo de ensino-aprendizagem é fundamental. O objetivo deste trabalho foi compreender as relações entre a neurociência e o processo de ensino-aprendizagem e verificar como esta relação se aplica na rotina do componente curricular de biologia no Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa (CAp Coluni) e na Escola Estadual Effie Rolfs, ambas no município de Viçosa - MG. Os resultados mostraram que boa parte dos estudantes foi estimulada durante a infância por atividades como esportes, música, línguas e artes. 70,3% dos estudantes afirmaram ter o hábito de leitura, se interessando por títulos além dos indicados para as atividades escolares e 54,2 % dos estudantes declararam ter uma rotina de estudos. Os professores foram bem avaliados pelos estudantes, entretanto fica claro que a diversificação de metodologias de ensino e avaliação não são frequentes. A educação exige uma abordagem pedagógica inovadora, capaz de atender a complexidade do processo ensino-aprendizagem e, para tal, é necessário que os currículos contemplem a neurociência e que haja investimento na formação continuada de professores, preparando os estudantes para a vida em sociedade.

Palavras-chave: Memória, Motivação, Estudantes