Ciências Biológicas
Ecologia
Resumo
Alguns problemas socioambientais são observados no descarte inadequado abundante de lixo hospitalar originário de resíduos comuns, principalmente gazes e ataduras, que não podem ser reciclados. Há uma utilização demasiada de curativos adesivos sintéticos, cujos compostos artificiais apresentam malefícios ao ecossistema. No intuito de obter uma alternativa para o aproveitamento e agregação de valor aos resíduos da casca da mandioca e do extrato glicerinado de barbatimão, em função das suas propriedades fitoterápicas, buscou-produzir membrana biodegradável com potencial cicatrizante. Os experimentos foram realizados no laboratório de ciências da escola. Para a obtenção do extrato, foi adicionado no vidro de cor âmbar barbatimão (triturado), glicerina e álcool de cereais, permanecendo em repouso por 15 dias. Para a obtenção do amido, as cascas da mandioca foram misturadas com água e trituradas, posteriormente deixadas em repouso até a decantação do amido. Retirou-se a água e o amido foi utilizado na formulação. Em seguida, em uma panela, dissolveu-se amido em água destilada e adicionou-se glicerina bidestilada e ácido acético. A mistura foi aquecida a 95ºC até engrossar. Logo após, foi posta em placa de petri e levada para secar em temperatura ambiente por 48h. A partir dos testes realizados na produção da membrana sem barbatimão, foi possível incorporar na formulação o extrato, obtendo assim a membrana biodegradável com o extrato do barbatimão. A produção da membrana biodegradável é uma alternativa para o aproveitamento e agregação de valor aos resíduos da casca da mandioca e do extrato glicerinado de barbatimão, em função das suas propriedades fitoterápicas, constituindo uma possibilidade viável e ambientalmente correta para a produção da membrana biodegradável com potencial cicatrizante como um curativo adesivo natural sendo uma opção ecológica para curativos sintéticos.
Palavras-chave: Membrana, Barbatimão , Mandioca