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Resumo

Atualmente, cerca de 1,2 milhões de brasileiros são afetados por algum tipo de demência, e a nível mundial, aproximadamente 55 milhões de pessoas. Dentre as alternativas terapêuticas, o custo médio do tratamento das demências pode chegar a 109 962,77 reais, como é o caso da doença de Alzheimer, enquanto a doença de Parkinson gera um custo anual de 20 822,05 reais, sobrecarregando o Sistema Único de Saúde (SUS). Assim, devido à amplitude das doenças, à falta de intervenções médicas eficazes e aos elevados custos dos tratamentos convencionais, a necessidade de surgir novas rotas para combater as demências tornou-se premente. As ondas binaurais consistem na combinação de duas vibrações que, através do fenômeno físico da interferência destrutiva, promovem a sensação de uma única frequência específica em regiões cerebrais, podendo alterar a atividade neural. Sob esta ótica, este fenômeno biofísico pode contribuir para o desenvolvimento de novos modelos terapêuticos mais eficazes, acessíveis e menos tóxicos para os pacientes. Neste trabalho, realizou-se um bioensaio pioneiro com células H4 e uma batida binaural de 12 Hz, para verificar o comportamento da expressão dos genes APP, MAPT e BACE após determinados períodos de exposição, que estão relacionados com a ocorrência de demências. A análise estatística demonstrou uma relação significativa entre a exposição ao som e a diminuição da expressão gênica, confirmando o potencial das ondas sonoras como ferramenta terapêutica não invasiva. As perspetivas futuras passam pelo desenvolvimento de uma inteligência artificial (IA) integrada na leitura dos resultados do protótipo e na realização de testes com proteínas. Além disso, salienta-se a aplicação das descobertas em áreas como a engenharia genética e a biotecnologia.

Palavras-chave: Biofísica aplicada, Batidas binaurais, Doenças neurodegenerativas