Engenharia
Química
Resumo
A sociedade, após a Revolução Industrial, passou por diversos avanços técnico-científicos, os quais, com o passar do tempo, fizeram-se prejudiciais ao meio ambiente, impulsionando preocupações de cunho ecológico. Há diversas maneiras de promover um desenvolvimento responsável que deixe um legado às futuras gerações. Dentre essas, atingir os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) é o primeiro passo. Assim, esta pesquisa estudou, a partir de um resíduo gerado pelo fruto da carnaubeira (Copernicia prunifera), uma planta nativa do Nordeste brasileiro, a produção de um produto ambientalmente correto que possa contribuir para minimizar os efeitos da poluição dos corpos hídricos gerados pela indústria e, ainda, ser uma fonte de matéria-prima para a produção de biocombustíveis sólidos. Sendo assim, as capacidades adsorventes e energéticas do resíduo foram testadas através de métodos físico-químicos. As amostras dos resíduos do fruto da carnaubeira foram coletadas em Apodi, Rio Grande do Norte, Brasil, passaram por processos de separação dos componentes do fruto, lavagem, secagem e moagem. Seu potencial adsorvente foi avaliado - com o auxílio de um espectrofotômetro - a partir da remoção do contaminante azul de metileno em efluente aquoso simulado em laboratório. Além disso, o sólido passou por avaliações energéticas realizadas por meio de ensaios de teor de umidade, cinzas, materiais voláteis e carbono fixo. Todos os resultados foram satisfatórios, comprovando a hipótese central do estudo; a remoção do corante foi de 98% e o potencial energético ficou em 17,80MJ/kg. Desse modo, o resíduo do fruto da carnaúba pode ser utilizado em estratégias que contribuam para o desenvolvimento sustentável. A concepção do estudo faz-se ecologicamente correta na medida que utiliza de um componente vegetal frequentemente descartado com o intuito de produzir um material útil para a atenuação de impasses ambientais.
Palavras-chave: carnaúba, bioadsorvente , biocombustível