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Resumo

A água é um fator indispensável para a vida, considerada "o ouro líquido" do futuro, mas em algumas décadas esta pode tornar-se escassa. Os conflitos geopolíticos por sua disputa tendem a crescer, especialmente diante da contínua poluição dos recursos hídricos, em destaque a poluição industrial. Agravando tal cenário, o Brasil detém 12% da água doce disponível no globo, sendo a maior reserva do planeta. Ou seja, a nação será o foco de tais tensões. Torna-se imperioso, portanto, o controle dos efeitos prejudiciais dos contaminantes visando recuperar e proteger os corpos hídricos, pois a preocupação com a segurança ambiental tornou-se crescente e improrrogável, sobretudo no contexto da Década dos Oceanos. Analisando os fatos supracitados, surge o projeto NANOTEC que visa o desenvolvimento e aplicação de nanopartículas de magnetita como adsorventes para a remoção de cobre em ecossistemas aquáticos poluídos industrialmente, cumprindo com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 6 (água limpa e saneamento), 9 (indústria, inovação e infraestrutura) e 11 (cidades e comunidades sustentáveis). A síntese das nanopartículas de magnetita tem o objetivo de explorar a sua capacidade de adsorção de íons de cobre através de experimentos que simulam o processo real de ambientes aquáticos contaminados industrialmente. O mecanismo de adsorção de quimissorção do cobre ocorre por via das condições de reação de deslocamento redox do meio, pois as nanopartículas de óxidos de ferro também atuam como redutores, transformando íons de cobre em nox zero (cobre metálico) ou em outros menos solúveis, facilitando a sua retirada da água. Sendo assim, o projeto NANOTEC busca fornecer uma ideia que dê uma maior qualidade de saúde aos corpos hídricos e ao meio ambiente ao mesmo tempo que auxilia o progresso tecnocientífico e garante benefícios para a economia, obtendo-se um material em prol dos ecossistemas aquáticos, da vida humana e natural e da indústria.

Palavras-chave: Nanociência, Indústrias, Ferro