Ciências da Saúde
Saúde Coletiva
Resumo
Esta pesquisa examina os impactos da desvalorização da ciência no Brasil, com foco particular na área da saúde pública. O estudo começa explorando como os cortes orçamentários e a falta de apoio governamental têm prejudicado o financiamento e o desenvolvimento de pesquisas científicas no país. A análise compara o investimento em ciência de países não desenvolvidos, como Israel, Coreia do Sul, China, Alemanha e Austrália, que destinam entre 2% e 4% de seu PIB para essa área, em contraste com o Brasil, que investe apenas 1,6%. A pesquisa também aborda o aumento da desinformação e do negacionismo científico, especialmente durante a pandemia de Covid-19, quando autoridades brasileiras propagaram informações incorretas e promoveram tratamentos sem comprovação científica. Este cenário não só comprometeu a resposta à pandemia, mas também enfraqueceu a confiança da população na ciência. Outro ponto abordado é a crescente dependência do Brasil em tecnologias estrangeiras, resultado da desvalorização da ciência nacional, o que afeta negativamente a capacidade do país de lidar autonomamente com desafios na área da saúde. Além disso, a pesquisa destaca os impactos dessa desvalorização na educação e na conscientização pública, onde a falta de divulgação dos benefícios científicos têm contribuído para uma percepção pública distorcida do valor da ciência. Para reverter essa situação, a pesquisa propõe uma série de medidas, incluindo a ampliação dos recursos destinados à pesquisa, a reativação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a promoção de intercâmbios científicos para jovens pesquisadores. A colaboração entre o MCTI e os gestores governamentais é vista como essencial para garantir o desenvolvimento científico do país, promovendo avanços na saúde pública e assegurando um futuro mais próspero para a sociedade brasileira.
Palavras-chave: Desvalorização da ciência, saúde pública, investimento em pesquisa