Ciências Agrárias
Agronomia
Resumo
Para ampliar o conhecimento sobre espécies nativas no sul do Brasil, no que diz respeito à composição química e à atividade antimicrobiana, foram avaliados diferentes tipos de extratos de cascas finas vináceas de A. angustifolia e fragmentos de ramos de P. crenata. Os mesmos foram triturados, permanecendo por 15 dias nos extratos hidroalcoólico a 70% e alcoólico a 96%, sete dias no extrato a frio e pelo processo de decocção por dez minutos. Após, foram avaliados nas concentrações de 1%, 2,5%, 5%, 10% e 20% v/v sobre o desenvolvimento micelial dos fungos fitopatogênicos C. gloeosporioides, B. cinerea e Sclerotinia sp. Foram avaliados compostos fenólicos e flavonoides totais, e foi possível verificar que os extratos alcoólicos de A. angustifolia, seguidos por P. crenata, apresentaram maior quantidade de fenólicos totais. Os extratos alcoólicos a 70% de A. angustifolia e extração a frio de P. crenata foram mais efetivos sobre o controle do crescimento miceliano dos fungos C. gloeosporioides, B. cinerea, seguido por Sclerotinia sclerotiorum. Os principais compostos fenólicos identificados na espécie P. crenata foram o composto químico resveratrol (álcool a 96%), seguido por hesperidina, rutina e ácido ferúlico, e canferol. Os extratos de A. angustifolia não apresentaram o composto químico resveratrol. A atividade antimicrobiana de extratos alcoólicos das espécies de A. angustifolia e P. crenata somam esforços para ampliar estratégias para ações ambientais para recuperação e replantio dessas espécies junto a ecossistemas naturais. O controle efetivo desses fungos fitopatogênicos de importância agrícola confere a importância para conservação dessas espécies nativas da sociobiodiversidade junto à Mata Atlântica no sul do Brasil. Essas espécies podem ampliar as possibilidades concretas para conciliar produção com conservação e cuidado ambiental, e, ao mesmo tempo, melhorar a base alimentar das comunidades rurais e urbanas.
Palavras-chave: A. angustifolia, P. crenata, Fungos