Ciências Agrárias
Ciência e Tecnologia de Alimentos
Resumo
O desperdício de frutas e hortaliças no Brasil traz prejuízos diversos para a economia e a segurança alimentar dos consumidores. Na tentativa de diminuir essas perdas, muitos produtores buscam desenvolver meios de conservação, mas os conservantes que hoje são utilizados no mercado são tóxicos à saúde humana e podem degradar o meio ambiente. Tendo em vista esse cenário, temos como objetivo desenvolver um conservante natural para frutos, especificamente para os tomates, que são hortaliças com elevadas perdas ao longo de sua cadeia de produção. Primeiramente, foi realizado um levantamento bibliográfico em que identificamos duas espécies em potencial para a elaboração de nosso revestimento, a Cereus jamacaru e a Copernicia prunifera. Realizamos testes a fim de verificar qual seria a melhor forma de elaborar o revestimento. Verificamos a compatibilidade do nosso conservante com tomates e goiabas, duas frutas utilizadas em pesquisas com revestimentos naturais e químicos. Em seguida, comparamos os frutos revestidos com RCMC com outros revestimentos químicos e naturais e percebemos uma maior compatibilidade com tomates. Após isso, avaliamos a perda de massa dos frutos testados, verificamos a compatibilidade de nosso conservante com frutos orgânicos e inorgânicos e realizamos testes de avaliação sensorial com os alunos de nossa escola, obtendo êxito em todos esses testes. Os resultados obtidos mostram que os frutos revestidos com o RCMC podem ficar em média de 21 a 27 dias em prateleira, diferentemente dos frutos sem revestimento ou com outros conservantes presentes no mercado, que ficam entre 6 a 18 dias em prateleira. Constatamos, assim, a eficácia do nosso revestimento na aplicação de frutos, especificamente dos tomates.
Palavras-chave: Conservante natural, Cereus jamacaru, Copernicia prunifera