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Resumo

A tangerina poncã (Citrus reticulata Blanco) foi classificada como uma das frutas mais apetitosas do gênero Citrus, sendo importante para a economia do Brasil, terceiro maior produtor mundialmente. Durante processos industriais, muitas vezes seus resíduos (casca, bagaço, etc.) são descartados, porém há presente na casca da poncã o albedo, parte branca e fibrosa, que concentra pectina, mas também celulose, hemicelulose e lignina, componentes que contribuem para a síntese de polímeros biodegradáveis. A casca da tangerina foi tratada para a produção de bioplásticos e o trabalho foi dividido em quatro etapas: pré-tratamento hidrotérmico, ensaios preliminares, método padronizado e caracterizações. Foram realizados nove ensaios preliminares com diferentes tipos e concentrações de agentes reticulantes. O ensaio que se destacou visualmente foi escolhido para o método padronizado, sendo utilizado glicerol e ácido cítrico como agentes plastificantes e reticulantes, respectivamente. O método padronizado contou com quatro amostras, destacando-se a última (0,25% de glicerol e 5% de ácido cítrico) nos testes de teor de umidade e resistência ao dobramento, tendo em média 16% de umidade e 96 dobramentos até fraturar. Concluiu-se que a casca da poncã tem alto potencial de utilidade para a síntese de polímeros biodegradáveis, porém é interessante estar aliada ao ácido cítrico como agente reticulante. A pesquisa tem excelente potencial sustentável, além de contribuir com sete Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU), valorizando subprodutos de resíduos agroindustriais, contribuindo positivamente para o meio ambiente, transformando um resíduo orgânico num produto e fortalecendo, também, a economia do país.

Palavras-chave: Tangerina poncã, Polímeros biodegradáveis, Resíduos agroindustriais