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Resumo

Os solos para a agricultura familiar são sinônimos de fertilidade e, consequentemente, de vida. Em climas secos, pode representar a existência ou não de um ecossistema. Parte desses solos sofrem constantemente com a perda de matéria orgânica, tornando assim um desafio fazer a retirada dessa matéria sem que cause prejuízos. Esse projeto busca criar um tipo de composto orgânico fazendo uso de materiais provenientes de terrenos baldios localizados nos centros urbanos. Para a criação do composto, foram recolhidos materiais como restos de móveis, folhas e galhos verdes, folhas secas e papelão. Outro material utilizado foi o esterco de caprinos, muito comum na região nordeste. Foram feitas um total de três pilhas de 15 kg, em formato de pirâmide, que foram acompanhadas por um período de 45 dias, sendo coletadas informações de umidade e temperatura diariamente. Os materiais foram submetidos a duas formas de análises. Na primeira, foram feitos testes com três vasos contendo 30% adubo e 70% terra. Nas mesmas proporções, foram feitas com um adubo orgânico utilizado no mercado, além de três vasos contendo apenas a terra, o controle. Nessa etapa, constatou-se que o composto produzido com mais tempo, entre 45 e 60 dias, pôde acrescentar uma grande quantidade de nutrientes para a terra. Esses testes constataram uma descoberta promissora, visto que em alguns vasos foram acrescentadas coberturas de madeira aglomerada de forma triturada, o que demonstrou que esse material sem uma política de descarte adequada pode ser um grande retentor de água no solo, sendo muito útil para um tipo de solo seco. Os segundos testes, de laboratório, constataram que as análises físico-químicas asseguram o uso desse tipo de material em solos. Por fim, pode-se concluir que o problema causado por perda de matéria orgânica em terras utilizadas por famílias que sobrevivem da agricultura familiar pode encontrar nos terrenos baldios uma alternativa para sua resolução.

Palavras-chave: Solos, Matéria orgânica, Agricultura familiar