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Resumo

Nas últimas décadas, plásticos à base de petróleo têm sido usados como filme de embalagem de alimentos em todo o mundo. No entanto, esses materiais não são biodegradáveis e causam impactos negativos ao meio ambiente. Para solucionar isso, filmes à base de polímeros naturais e biodegradáveis incorporados com extratos de resíduos agroindustriais têm sido desenvolvidos como substitutos, visto que possuem ação antioxidante e preservam o alimento na prateleira por mais tempo. Este projeto tem objetiva produzir e caracterizar a estrutura de biofilmes de fécula de mandioca incorporados com o extrato da casca do rambutan (Nephelium lappaceum), bem como analisar a conservação e o tempo de prateleira de alimentos embalados com esses bioplásticos. Utilizam-se o extrato da casca do rambutan (Nephelium lappaceum), fécula de mandioca, látex de Hancornia speciosa e glicerina na produção de biofilmes no intuito de aplicá-los na conservação de alimentos. Como forma de avaliar a estrutura dos materiais produzidos, foram realizadas caracterizações físico-químicas utilizando técnicas de infravermelho e microscopia de varredura nos biofilmes produzidos. Neste trabalho, foi analisada também a eficácia desses materiais na perda de massa e no pH em acerolas (Malpighia emarginata). De acordo com os resultados, foi possível desenvolver um biofilme capaz de conservar acerolas (Malpighia emarginata) nas temperaturas a 0ºC e 25ºC por até 15 dias, podendo ser produzido e incorporado ao processo de embalagem por apenas R$ 0,97 cada biofilme nas dimensões de 24 cm2. Sendo assim, esta pesquisa demonstra relevância social, econômica e ambiental, em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU nas áreas 2, 11 e 12, contemplando a área de biotecnologia, diminuição de resíduos no meio ambiente e qualidade de vida.

Palavras-chave: Biofilmes, Rambutan (Nephelium lappaceum), Conservação de alimentos