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Projeto

BIO-4211: Análise do biopotencial larvicida do joá bravo (Solanum viarum Dunal) em larvas de mosquitos causadores de doenças tropicais

Ícone
BIO

Ciências Biológicas

Sub-categoria

Farmacologia

ícone Autoria Pedro Paulo Milhomem Braga
ícone Orientação Zilmar Timoteo Soares, Carlos Fonseca Sampaio
ícone Instituição Escola Santa Teresinha
ícone Etapa Semifinalista

Resumo

Os mosquitos causadores de doenças tropicais são um problema de saúde pública, por serem vetores de diversas arboviroses, tais como dengue, chikungunya e zika, que podem ocasionar sequelas graves para os infectados, como microcefalia, síndrome de Guillain-Barré, reumatismo inflamatório crônico pós-chikungunya e outros. Nessa perspectiva, a pesquisa tem como objetivo investigar a ação dos princípios ativos do extrato da joá-bravo (Solanum viarum Dunal) como potencial bio larvicida contra os dípteros Culicidae. Os métodos para alcançar o objetivo foram: coleta do material; obtenção do extrato; realização dos experimentos fitoquímicos; avaliação da toxicidade do extrato da Solanum viarum sobre as larvas do Aedes aegypti e Anopheles sp. Entre as amostras submetidas aos bioensaios, observou-se que a saponina 1 e 2, que contêm dois açúcares em sua unidade osídica, apresentaram a melhor atividade larvicida, com um valor de CL50 igual a 100 ± 0,31 e 100 ± 0,24 mg/mL após aplicação na concentração de 400 mg/ml no período de 24 horas. Já a aplicação sobre as larvas de mosquitos na concentração de 20-100 μg/mL apresentou atividade larvicida em 12 horas de 20%, em 24 horas a atividade larvicida foi de 60%, e em 72 horas foi de 100%. A mortalidade de 20 larvas do mosquito Anopheles sp expostas aos princípios ativos em 72 horas foi de: glicosídeo (85%), esteróide (56%), antracênico (58%) e cumarina (63%). Os resultados obtidos neste estudo indicam a importância da utilização de extratos naturais no controle entomológico do Aedes aegypti e Anopheles sp na avaliação de meios alternativos economicamente viáveis. Neste contexto, pode-se concluir que o princípio ativo da Solanum viarum apresenta ação larvicida in vivo sobre cepas do mosquito em seu ambiente natural, resultados semelhantes aos vistos no experimento realizado em laboratório, sob condições controladas.

Palavras-chave: Fármaco biológico, Metabolismo secundário, Ação larvicida