Ciências Biológicas
Biologia Geral
Resumo
Será que ambos os carcinomas, adenocarcinoma de pulmão e adenocarcinoma de células escamosas de pulmão, apresentam a mesma assinatura molecular? A hipótese inicial para o problema é negativa, visto que por mais que se tratem de carcinomas de um mesmo órgão, se tratam de adenocarcinomas distintos, desta forma sua assinatura molecular será distinta. Tendo em mente a pergunta e a hipótese inicial foi traçado o objetivo inicial, quel consiste em identificar possíveis alterações nas assinaturas moleculares em ambos os carcinomas pulmonares. Ambos os carcinomas pulmonares foram responsáveis por 2,12 milhões de casos no mundo em 2020, sendo o primeiro em incidência de casos para pacientes do sexo masculino e o terceiro para pacientes do sexo feminino, também foram responsáveis por 1,8 milhões de mortes em 2020, dentre elas 28.620 no Brasil. O carcinoma mais agressivo é o adenocarcinoma de células escamosas de pulmão, muito devido a sua ocorrência estar fortemente ligada ao tabagismo. Os sintomas dos carcinomas consistem em: tosse, dor no peito, falta de ar, expelir sangue ou catarro pela tosse, crises de bronquite/pneumonias, porém muitos casos são assintomáticos. A metodologia para a elaboração do trabalho consistiu em selecionar genes e microRNAS provenientes do mirCancer e compará-los com auxílio de bancos de dados como o “gtex portal” por meio do “xenabrowser”. Vinte e oito genes apresentaram alteração entre os tecidos. Visando encontrar genes com diferentes expressões entre ambos, e como resultado 6 genes apresentaram alteração entre os carcinomas, foram eles: ERBB2, MGA, CDKN2A, SMARCA4, ZMYND11 e PPP3CA. Os dados dos microRNAs estão em andamento. Concluiu-se então que há uma diferença entre as assinaturas moleculares de ambos os carcinomas, podendo ser um dos fatores que justifique a maior agressividade do adenocarcinoma de células escamosas de pulmão.
Palavras-chave: marcadores moleculares, câncer de pulmão, prognóstico