Cobre o conteúdo enquanto carrega
Projeto

BIO-5027: Conhecimento da população de Sete Lagoas, Minas Gerais, sobre plantas alimentícias não convencionais e produção da farinha de cansanção (Urera baccifera)

Ícone
BIO

Ciências Biológicas

Sub-categoria

Bioquímica

ícone Autoria Gabrielly Cristine Souza Rocha , Maria Paula Gonçalves de Oliveira Fernandes , Beatriz Alves Carvalho Brugnara
ícone Orientação Maísa Aparecida da Costa , Eduardo Geraldo Teixeira Neves
ícone Instituição Colégio UNIFEMM
ícone Etapa Semifinalista

Resumo

As plantas alimentícias não convencionais apresentam grande potencial para suprir as necessidades nutricionais. Apesar do aumento da popularização do uso dessas plantas, muitas pessoas não as conhecem ou resistem ao seu consumo. Assim, essa pesquisa objetiva avaliar o conhecimento da população de Sete Lagoas - MG, sobre plantas alimentícias não convencionais, preparar uma farinha de cansanção (Urera baccifera), e resgatar a cultura alimentar na região. Para a coleta dos dados, foi aplicado um questionário semiestruturado disponibilizado de forma online no mês de setembro de 2023. Para a produção da farinha, as folhas de cansanção foram coletadas em uma horta comunitária em Sete Lagoas, higienizadas e secas em estufa no laboratório de química e bioquímica e trituradas. A farinha foi encaminhada para análise bromatológica. A análise do questionário mostrou que 69,2% dos participantes são mulheres e 26,2% apresentam idade entre 42 a 50 anos. O termo PANC é conhecido por 54,1% dos participantes, mas 62,2% raramente as consomem. Ora pro nobis e mostarda são as PANC mais conhecidas e apenas 23,3% mencionaram cansanção. Para 41,3% dos participantes, as PANC são encontradas em feiras e em hortas comunitárias, e 52,3% mencionaram que todas as partes da planta podem ser consumidas. A principal fonte de conhecimento sobre PANC são os pais e avós. Quando perguntados se consumiriam produtos derivados de PANC, 93,6% disseram sim. Conclui-se que os participantes possuem conhecimento sobre PANC apesar do pouco consumo na alimentação. No entanto, demonstraram interesse em consumir produtos formulados a partir dessas plantas. Isso sugere que, embora poucos conheçam o cansanção, a farinha obtida a partir dessa planta poderá ser consumida pela população. Por fim, a disseminação de informações que destaquem as PANC como alimentos ricos em nutrientes contribui para o aumento de seu consumo e para a promoção da segurança alimentar e nutricional e resgate da cultura alimentar.

Palavras-chave: PANC, farinha de cansanção, segurança alimentar