Engenharia
de Materiais e Metalúrgica
Resumo
Este trabalho visa desenvolver uma extrusora para reciclar resíduos plásticos de canetas e impressoras 3D, transformando-os em filamentos para uso em impressoras 3D. A motivação para o projeto é a crescente importância das impressões 3D na sociedade atual, especialmente na área de saúde, onde são usadas para criar próteses personalizadas a um custo mais baixo, melhorando o acesso aos tratamentos. Além disso, há cada vez mais escolas utilizando impressoras 3D para favorecer o desenvolvimento de habilidades lógicas e criativas, sendo mais de 1 milhão de estudantes beneficiados ao redor do mundo entre os anos de 2017 e 2019, auxiliando, assim, na democratização do acesso à tecnologia. Entretanto, a impressão 3D emite resíduos plásticos para cada falha no processo e, além disso, o tipo de plástico mais utilizado nesses equipamentos, o ABS, leva 500 anos para se decompor na natureza. Logo, percebe-se a necessidade de relacionar essa nova tecnologia a práticas sustentáveis. O objetivo da pesquisa é desenvolver um protótipo de extrusora que reutilize os rejeitos plásticos da impressão 3D para produzir novos filamentos. A metodologia envolve: (i) pesquisa bibliográfica sobre tipos de plásticos em filamentos e projetos existentes; (ii) coleta de dados em laboratórios makers com entrevistas sobre gastos de manutenção e descarte de resíduos; (iii) análise dos dados; (iv) elaboração do protótipo de uma extrusora 3D reutilizando pistolas de cola quente, programação de um motor de passo para girar o carretel; (v) testes para verificar a eficácia do processo. Os resultados indicam que escolas na região não reciclam resíduos de impressão 3D. Além disso, o protótipo desenvolvido produziu com sucesso um filamento de 40 cm, demonstrando-se totalmente viável para escolas a partir do seu custo de R$ 122,00, criando um ciclo de reciclagem a partir da reutilização sustentável de plástico e minimizando os danos ambientais.
Palavras-chave: Ciências Exatas e Engenharia, Reciclagem, Impressão 3D