Engenharia
Biomédica
Resumo
Ao se sofrer uma parada cardiorrespiratória (PCR), cada segundo da intervenção emergencial é crucial para que não haja a perda total das funções vitais do paciente. Nesses casos, o correto a se fazer é aplicar, de forma imediata, a ressuscitação cardiopulmonar (RCP). Apesar da padronização de tal procedimento, mediante as diretrizes estabelecidas pela American Heart Association (AHA), a fadiga humana e a potencial incapacidade de adequação individual da manobra, por exemplo, são fatores extremamente propícios a desencadear erros comprometedores da boa qualidade da técnica e, por isso, têm grande potencial de reduzir as suas chances de eficácia. Desse modo, objetivou-se realizar a automatização do procedimento de restabelecimento das funções cardíacas e, a partir disso, possibilitar uma maior expectativa de sobrevida aos indivíduos acometidos por tais interrupções. Foi feita, então, uma pesquisa qualitativa, de objetivo exploratório e experimental, visando a posterior construção de um modelo prototipal do massageador cardíaco e do ventilador cardiorrespiratório. Dessa forma, obteve-se como produto final o protótipo portátil do ressuscitador cardiopulmonar, o qual executa a manobra de RCP de forma automatizada e é de fácil transporte, acionamento e manutenção, aliás, além de ser composto majoritariamente por componentes de procedência nacional, permite o ajuste da quantidade de compressões, da intensidade da força aplicada e do fluxo de ar liberado para a ventilação. Com isso, torna-se possível facilitar o atendimento imediato e preciso às crianças que venham a sofrer uma PCR em ambientes intra ou extra-hospitalares, adequando-se às particularidades de cada estágio da infância e às necessidades individuais de cada paciente – condições capazes de assegurar uma substancial seguridade às vidas infantis.
Palavras-chave: Ressuscitação cardiopulmonar, Eletropneumática, Microcontrolador