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Projeto

HUM-5379: Reality shifting

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HUM

Ciências Humanas

Sub-categoria

Sociologia

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ícone Autoria Anna Carolina Nakashima de Souza, Julia Liu Arita, Pedro do Nascimento Lima
ícone Orientação Denise Aparecida Masson
ícone Instituição Colégio Albert Sabin
ícone Etapa Semifinalista

Resumo

Reality shifting foi um movimento que emergiu na pandemia de Covid-19 como forma de "fugir da realidade", sendo compartilhado nas redes sociais, principalmente no TikTok. Nele, os participantes realizam uma espécie de auto-hipnose que visa proporcionar o trânsito entre o mundo real e o fictício. O movimento apresentado é problemático, uma vez que, durante a quarentena, diversas crianças e adolescentes recorreram a essa atividade como lazer, a princípio, mas tiveram sua saúde mental afetada por conta das adversidades do período, o que as tornou mais vulneráveis a sucumbirem às comunidades do reality shifting. Este trabalho foi realizado a partir de revisão bibliográfica, com perfil qualitativo e descritivo. Como resultados, elencamos que o reality shifting não é praticado por indivíduos sem nenhum tipo de disfunção e/ou sofrimento e se relaciona com condições patológicas, como o sonhar acordado mal-adaptativo. Ademais, ele é comparado com tulpamancia, hipnose, sonho lúcido e sonhar acordado imersivo, apresentando congruências que indicam a combinação de uma auto-hipnose com o sonhar acordado imersivo que prejudica a qualidade de vida ao interromper relações reais e processos fisiológicos. Por conta das consequências físicas, em alguns casos mais graves, como falta de ar, espasmos musculares, ondas de frio e de calor e escuta de vozes, esse fenômeno recém-identificado possui caráter perigoso e se torna patológico. Em vista desses efeitos, a manifestação radical do papel escapista do reality shifting, o respawning, é ainda mais alarmante, porque os praticantes são motivados a cortar permanentemente seu laço com a vida real para permanecer no universo desejado. Por conseguinte, desenvolve-se, assim, uma prática que se distancia da lógica inicial do lazer e passa a constituir uma conduta evitativa, acompanhada de consequências físicas e psicológicas, o que demanda mais aprofundamento.

Palavras-chave: Reality shifting, Conduta escapista, Redes sociais

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