Ciências Humanas
Educação
Resumo
Tanto as grandes quanto as pequenas empresas produtoras de lápis necessitam consideravelmente de uma matéria-prima: as árvores. Toda essa madeira consumida acarreta problemas, principalmente ambientais, como o desmatamento. Tendo em vista os problemas ambientais ligados aos lápis de cor, a pesquisa objetiva explorar a economia circular e os 6 Rs da sustentabilidade na produção de lápis de cor e tintas acessíveis e representativas. A metodologia ancorou-se na economia circular, nos pilares dos 6 Rs da sustentabilidade e em autores, bem como tem como pressuposto o multiculturalismo e a atenção à colonialidade. Como alternativa para substituir a madeira, explorou-se um resíduo nacional pouco utilizado: o bagaço da cana. Esse material existe em abundância no maior produtor anual do mundo de cana-de-açúcar e de 29 bilhões de litros de etanol, o Brasil. Para a mina de cor (interior do lápis), os resíduos escolhidos foram resíduos alimentares, compreendidos como recursos para a produção. Os resultados iniciais da pesquisa e do aporte teórico demonstram que o bagaço de cana é uma opção viável e sustentável. Os testes com a mina de cor e as tintas se mostraram satisfatórios, com coloração intensa e sem resíduos ao colorir. Além disso, as tintas e os lápis “cor de pele” ampliam as ofertas de lápis que atendam ao multiculturalismo e às variações de cores da pele. Portanto, a pesquisa possui relevância e impacto nas esferas sociais, ambientais e econômicas. A partir de artigos levantados em um estudo de revisão e dos resultados obtidos, afirma-se que a proposta é promissora e inovadora. Portanto, a pesquisa atinge o objetivo de produzir lápis de cor e tintas acessíveis, com sua metodologia baseada na economia circular e a oferta de materiais escolares de baixo custo, sustentáveis e representativos.
Palavras-chave: Educação, Cor de pele, Material escolar