Ciências Humanas
Geografia
Resumo
Este artigo apresenta como questão de pesquisa o processo de ocupação irregular na Amazônia Tocantina, com ênfase na cidade de Igarapé-Miri, e suas rugosidades. Como objetivos: entender/compreender o processo de ocupação desordenada no decorrer dos anos 1969, 1985, 2006, 2011, 2013, 2019 e 2023, e seus impactos no meio ambiente da cidade de Igarapé-Miri. Analisar as imagens retiradas de satélites através do aplicativo Google Maps e Earth sobre o processo de ocupação desordenada na cidade e compreender que, através do mapeamento participativo, é possível ver a evolução que a cidade adquiriu ao longo dos anos e seus impactos no meio ambiente. A metodologia de natureza qualitativa com a obtenção das imagens de satélites e com aplicação de questionário com as famílias que vivem no espaço ocupado ocorreu em três etapas: revisão de literatura, aplicação de questionário e produção de dados a partir do que foi obtido em campo e com as imagens. Lançamos mão de uso de questionários para identificar quais os motivos que levaram essa população a ocupar esse território irregularmente, visto que o solo é impróprio para habitação. Como resultado, identificamos, pelas imagens de satélite, que o processo de ocupação ocorreu no decorrer de muitos anos, desde o início dos bairros que existem na cidade, e que, com o processo de ocupação atual, que perdura na cidade, e principalmente nos bairros periféricos (Matinha e Jatuíra), essa população não sabia dos riscos que podem ocorrer, uma vez que o solo em que estão situadas as casas e as palafitas é impróprio para habitação, já que é um espaço que serviu de depósito de resto de madeira, conhecido como “moinha”, pois, no período do inverno, esse solo alaga, e, no verão amazônico, fica seco, gerando riscos para incidência de incêndios nesse local.
Palavras-chave: Ocupação irregular, Amazônia, Território