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Resumo

A quantidade de automóveis em circulação cresce exponencialmente a cada ano, aumentando também as emissões de gases poluentes e nocivos à saúde humana. Diante desta problemática e considerando que os indivíduos que atuam em ambientes com elevada carga de poluentes, como vendedores ambulantes de trânsito, estão entre os mais expostos a tal situação, o presente trabalho propõe a produção de carvão ativado a partir da biomassa casca da paina (Ceiba pentandra) para fins de uso em máscaras filtrantes de baixo custo. Para atingir os objetivos foram realizados levantamentos e medições dos níveis de CO2 em ambientes de tráfego de veículos, e a produção, de forma laboratorial e artesanal, do carvão ativado com cascas de paina. Os resultados iniciais revelaram que os níveis de exposição ao CO2 dos vendedores ambulantes ultrapassam os níveis seguros para a saúde, definidos pela OMS. Quanto ao carvão ativado de casca de paina, após sua produção, foram realizados testes de adsorção e rendimento que demonstraram elevado potencial da biomassa para a finalidade proposta. A pesquisa se encontra na etapa de confecção de um protótipo de máscara filtrante com o carvão ativado semelhante aos modelos convencionais de máscaras contra gases nocivos. A partir dos resultados alcançados, acredita-se que o carvão ativado da biomassa da casca de paina, que apresentou alto grau de eficiência nos testes, enquadra-se como uma uma alternativa sustentável e segura, sendo um excelente substituto aos materiais convencionais utilizados como elementos filtrantes de máscaras de proteção contra gases nocivos.

Palavras-chave: Paina, CO2, carvão ativado