Ciências da Saúde
Medicina
Resumo
A falta de métodos eficazes para induzir a tolerância imunológica e manutenção do enxerto é um grande obstáculo para terapias baseadas em células. Diante disso, comumente ocorre a rejeição imunológica de células β-pancreáticas após a infusão, levando à baixa sobrevivência delas. O grupo de pesquisa NUCEL desenvolveu e patenteou um novo biomaterial (Bioprotect®) feito de alginato de sódio, além dos componentes da matriz extracelular (MEC), sulfato de condroitina e laminina, para o microencapsulamento celular. Porém, o acréscimo de MEC descelularizada na cápsula seria uma ideia pertinente para beneficiar ainda mais o funcionamento das ilhotas pancreáticas (grupo de células que engloba as β-pancreáticas). Esta incorporação constitui uma estratégia inovadora e promissora para a criação de um microambiente tecido-específico, que pode favorecer a vitalidade das células β. Assim, a etapa inicial é a avaliação da biocompatibilidade das cápsulas, através de testes laboratoriais. Para isso, as cápsulas de material-base Biodritina (que possui alginato de sódio e sulfato de condroitina) acrescido a diferentes concentrações de MEC porcina foram preparadas. O ensaio de biocompatibilidade in vitro ocorreu com o cultivo de células RAW264.7 em contato com as diferentes cápsulas e avaliação da expressão gênica de citocinas inflamatórias por meio de qRT-PCR. Até o momento, as cápsulas foram geradas e o cultivo celular foi feito sem adversidades. Ademais, foi possível realizar a extração do RNA de boa qualidade e quantidade após a modificação do protocolo, permitindo a síntese do cDNA. Contudo, o qRT-PCR ainda está em andamento. Após análise dos resultados, serão escolhidas as melhores cápsulas para avaliação da biocompatibilidade in vivo. Portanto, este projeto visa aprimorar o uso de células β microencapsuladas como alternativa terapêutica para diabetes mellitus do tipo I.
Palavras-chave: Ilhotas pancreáticas, Encapsulamento celular, Matriz extracelular