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Projeto

SOC-3893: Rastreamento territorial do dream gap na cidade de São Paulo: o afastamento progressivo de meninas das áreas de STEM

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SOC

Ciências Sociais e Aplicadas

Sub-categoria

Ciência da Informação

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ícone Autoria Erika Oliveira Almeida
ícone Orientação Ednilson Aparecido Quarenta, Kamylla Gontijo de Melo
ícone Instituição Escola Alef Peretz - Unidade Paraisópolis
ícone Etapa Finalista

Resumo

De acordo com a UNESCO, 29% dos pesquisadores do mundo eram mulheres em 2015. Esse dado adquire ainda mais relevância quando analisamos a relação entre meninas e ciência na educação. À vista disso, o objetivo do trabalho foi identificar e compreender a origem do afastamento feminino do STEM e seu desenvolvimento. Após uma longa análise bibliográfica, nos deparamos com os estudos de Lin Bian sobre estereótipos de gênero e o afastamento de meninas do STEM nos EUA. Segundo Bian, sua origem reside em pré concepções que associam inteligência a homens, afugentando mulheres: este é o dito Dream Gap, que, segundo a autora, se faz aos seis anos de idade. Logo, passamos a estruturar um rastreamento que pudesse identificar em qual idade ocorreria a incidência desse fenômeno no Brasil. Partindo da hipótese de que o Dream Gap estaria revestido de questões locais, estruturamos o rastreamento no conceito de território do geógrafo Milton Santos, redimensionando a metodologia aplicada nos experimentos de Bian. Portanto, optamos por aplicar o rastreamento na cidade de São Paulo, demarcado por lugares com dinâmicas sociais e econômicas próprias que transcendem as suas fronteiras regionais: o bairro do Morumbi e a favela de Paraisópolis. Foram realizados 223 experimentos com alunos entre 6 e 17 anos de idade em uma escola pública e duas particulares, sendo um para bolsistas, permitindo, dessa forma, caracterizar as peculiaridades do Dream Gap brasileiro. A partir da análise de dados, identificamos a incidência do Dream Gap sendo em meninas com 7 anos de idade. Elas demonstraram, desde esse momento, que não veem inteligência como principal competência nelas mesmas, embora ainda a projetem em outras meninas, associando intelecto ao próprio gênero. Ainda que o trabalho de Bian não tenha chegado a uma variável similar à citada acima, a projeção se torna verossímil, ao passo que meninas de 13 a 17 anos já apresentam afastamento do STEM, não desejando trabalhar em áreas respectivas a ele.

Palavras-chave: Estereótipos de gênero, Dream Gap, STEM

Foto do projeto