Ciências Sociais e Aplicadas
Comunicação
Resumo
Os estudantes da educação básica estão sendo cada vez mais motivados a participar de feiras de divulgação científica, dada a inscrição de 1.800 projetos (FEBRACE, 2023) na FEBRACE em 2023. O desenvolvimento de projetos de pesquisa permite aos estudantes construir um raciocínio lógico e estruturado sobre problemas cotidianos, muitas vezes de sua comunidade, através do método científico ou da engenharia. Essas habilidades estão previstas na nova BNCC (BRASIL, 2013) do ensino médio, como a necessidade de realizar pesquisas bibliográficas, de campo e de experimentos científicos, bem como de compreender, criticar e produzir textos de divulgação científica. Dentro desse cenário, levantamos duas hipóteses: como participar de um projeto de pesquisa pode ajudar na orientação vocacional do estudante, e como isso pode ser determinante na construção do protagonismo estudantil do processo de ensino e aprendizagem. Para isso, utilizamos a metodologia científica, em que, através de entrevistas estruturadas e semiestruturadas, coletamos dados qualitativos dos estudantes que participaram de projetos de pesquisa no decorrer do ensino médio, estejam eles cursando o ensino médio ou o ensino superior. Os dados foram primeiramente adquiridos por um formulário estruturado, com estudantes de todo o Brasil que participaram da FEBRACE. Após a tabulação dos resultados, uma análise descritiva permitiu relacionar como a participação dos estudantes em feiras científicas contribuiu significativamente para o protagonismo e letramento científico em seu processo de ensino e aprendizado. Logicamente, a existência e a manutenção dessas feiras científicas que apoiam a construção e a apresentação de projetos de pesquisa são fundamentais para o desenvolvimento das habilidades e competências previstas na nova BNCC, e esses projetos, por vezes, mostram-se promissores para a escolha da carreira profissional a ser seguida.
Palavras-chave: Feiras científicas, Protagonismo, Profissão