Ciências da Saúde
Saúde Coletiva
Resumo
O cigarro eletrônico (e-cig) tem ganhado bastante popularidade nos últimos anos, principalmente entre os jovens, isso se deve à presença de aromas atrativos e à necessidade do jovem de se inserir nos grupos sociais. A comercialização do e-cig é proibida no Brasil desde 2009, e, mesmo assim, seu uso encontra-se disseminado entre a população. Para analisar essa situação, traçou-se uma metodologia em etapas que permitiu a execução de todo o projeto com cautela e planejamento. Uma pesquisa foi realizada com os moradores da região do Vale do Aço, questionando-os acerca de tópicos como o uso do dispositivo por faixa de idade, a necessidade de inserção em grupos de amigos e a opinião pública acerca do nível de prejuízo à saúde causado pelo e-cig. Contou-se com a colaboração de 411 pessoas de 13 a 72 anos. Foi observado que cerca de 20% das pessoas de 13 a 18 anos admite já ter usado o cigarro eletrônico. O número é maior ainda entre pessoas de 19 a 25 anos, que pode chegar até 23%. Além disso, ao serem questionados sobre os danos à saúde gerados pelo uso do cigarro eletrônico, aproximadamente 73% dos entrevistados disseram acreditar que o e-cig é mais nocivo à saúde do que o cigarro convencional. O dado mais relevante é que 61,1% dos entrevistados acreditam que jovens que fazem uso do cigarro se sentem mais inseridos em grupos de amigos. Esse dado indica que a disseminação generalizada do dispositivo está relacionada à inserção social, relação também encontrada em diversos artigos científicos. Outra razão para a popularidade desse artefato eletrônico é a desinformação acerca da sua nocividade, processo que motivou esse projeto, que objetiva combater a ignorância e espalhar informações relevantes acerca do tema. É evidente, portanto, que o cigarro eletrônico configura uma mazela social e deve ser discutida a fim de que se chegue em resultados que levem à prosperidade da sociedade como um todo.
Palavras-chave: Cigarro eletrônico, Cigarro convencional, Nicotina